Na busca pela excelência
em seus cursos de graduação, a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) voltou a
figurar entre as instituições que apresentaram bom desempenho em mais um
indicador de qualidade do Ministério da Educação (MEC). Cinco cursos superiores
da Instituição receberam conceito 4 no Exame Nacional de Desempenho de
Estudantes (Enade) 2016, em uma escala que possui 5 como nota máxima.
Os Indicadores de
Qualidade da Educação Superior 2016 foram divulgados na última sexta-feira (1º)
pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(Inep). No caso da UEPB, obtiveram a nota 4 na avaliação do MEC os cursos de
Odontologia do Câmpus de Campina Grande e do Câmpus de Araruna, Fisioterapia,
Enfermagem e Serviço Social. O curso de Farmácia também foi avaliado no Enade
2016 e obteve nota 3.
Esse resultado positivo
indica que os cursos da UEPB submetidos ao Enade 2016 atingiram nível de
qualidade satisfatória para o Ministério, o que atesta o esforço da
Universidade na busca pela excelência. Ao todo, o Inpe avaliou 4.300 cursos de
997 universidades, facuIdades e centros de educação.
O Enade avalia o
rendimento dos concluintes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos,
habilidades e competências adquiridas em sua formação. Ou seja, o quanto os
estudantes dominam os conteúdos específicos dos seus cursos e da formação
geral. A participação na prova é obrigatória. Sem ela, o universitário não
consegue obter o diploma.
A partir de novembro, o
governo federal deve divulgar outros dois índices que tomam a prova do Enade
como base, que são o Conceito Preliminar do Curso (CPC) e Índice Geral de
Cursos (IGC). A UEPB vem se destacado a cada ano nos indicadores que
avaliam as qualidades dos cursos superiores do país.
O pró-reitor de Graduação
da UEPB, professor Eli Brandão, considerou o resultado dos indicadores
resultantes do Enade como fruto do esforço da Administração Central em investir
nos cursos superiores da instituição, mesmo em meio às adversidades que o país
atravessa. “Sem dúvida, não obstante as dificuldades vivenciadas pela UEPB nos
últimos anos, importantes avanços foram alcançados no âmbito da graduação, os
quais impactaram e prosseguirão impactando a qualidade dos cursos, visto que os
investimentos feitos no processo educativo só com o tempo conseguem produzir os
melhores frutos”, avaliou.
Ele também destacou
algumas das melhorias que estão sendo feitas na estrutura do ensino da Universidade,
como a recente aprovação do Novo Regimento dos Cursos de Graduação, a criação
de um novo Sistema de Registro Acadêmico e a atualização de todos os PPCs, que
significou não apenas a adequação destes aos parâmetros legais, mas também a
introdução de novas metodologias e conteúdos com o objetivo de potencializar a
qualidade dos cursos.
“Certamente temos a
expectativa de que podemos melhor muito a qualidade dos cursos nos próximos
anos. Temos projetado para esta nova etapa a realização de ajustes no
Regimento, nos PPCs, no Sistema de Registro Acadêmico, mas também a ativação
dos fóruns dos cursos de graduação, em particular das licenciaturas, encontros
de reflexão e oficinas pedagógicas, tendo em vista a dinamização das
metodologias de ensino-aprendizagem e dos estágios e programas de apoio
acadêmico”, comentou Eli.
Embora não deixe de
reconhecer a importância dos indicadores do Exame Nacional de Desempenho de
Estudantes, Eli Brandão observou que é preciso salientar que eles não retratam
de forma absoluta as condições concretas dos processos formativos e das
estruturas de uma Instituição de Educação Superior. Para ele, o Conceito Enade,
o Conceito Preliminar de Curso (CPC) e o Índice Geral de Cursos Avaliados da
Instituição (IGC) expressam valores relativos, pois resultam de uma avaliação
do estudante com relação ao curso e à instituição, a qual configura uma
avaliação mais quantitativa.
“Para além desta, vamos
intensificar a autoavaliação dos cursos, buscando realizar uma abordagem mais
qualitativa. A relatividade do conceito muitas vezes se evidencia no fato de
que a diferença de um ano para outro, entre uma nota maior ou menor na
avaliação, reflete apenas que mais ou menos instituições tiveram notas
superiores ou inferiores a uma outra determinada. De modo geral, o conceito
Enade é um importante dado que deve ser usado juntamente com outros,
resultantes da autoavaliação dos cursos, como parâmetro para a realização de
eventuais correções de rumo e para potencializar os aspectos positivos”,
concluiu o pró-reitor.