''O bem do povo''

7 de abril de 2017

Bancada da REDE se posiciona contra a proposta de lista fechada



Durante reunião realizada na manhã desta quarta-feira, 5 de abril, em Brasília (DF), integrantes da Executiva Nacional e a bancada da Rede Sustentabilidade no Congresso Nacional se posicionaram contra a proposta de votação em lista fechada de candidatos para cargos proporcionais (vereadores e deputados estaduais e federais). A imposição de uma relação de concorrentes faz parte do parecer parcial da reforma política, apresentada na comissão especial que analisa o tema na Câmara. Para a REDE, essa medida apenas olha para os interesses dos partidos e das suas respectivas lideranças, sem levar em consideração os anseios da população.

A reunião contou com a presença da porta-voz nacional da REDE, Marina Silva, dos parlamentares na Câmara e no Senado, além de dirigentes da Executiva Nacional. Na ocasião, a bancada no Congresso adiantou que vai trabalhar de forma contrária à lista fechada num esforço de garantir a participação dos cidadãos de forma mais efetiva e aberta na escolha de seus representantes. Ainda no encontro, os presentes defenderam a necessidade de criar mecanismos para a sociedade poder se expressar e, consequentemente, se colocar no processo eleitoral de forma mais efetiva.

Um dos mecanismos debatidos na reunião como alternativa à ideia de lista fechada de candidatos foi a utilização de candidaturas independentes e sem filiação partidária. No entendimento da REDE, esse mecanismo poderá abrir ainda mais a possibilidade de os interessados da sociedade civil participar dos pleitos. A ideia será apresentada nos futuros debates que possam ser realizadas no Congresso dentro da reforma política.

A proposta da REDE já é colocada em prática nas suas instâncias. Na sua última reunião, em março, os membros do Elo Nacional aprovaram uma resolução que regulamenta as condições, os procedimentos e critérios para as candidaturas cidadãs. Com esse dispositivo, algumas vagas da REDE para eleições proporcionais serão concedidas a concorrentes que não queiram exercer as atividades partidárias cotidianas. Para isso, o eventual candidato precisa exercer militância de destaque junto a um movimento ou causa social ou ambiental.

Detalhes da proposta

A proposta de lista fechada foi apresentada nesta terça-feira, 4 de abril, com o parecer parcial da reforma política, pelo relator na comissão especial, deputado Vicente Cândido (PT-SP). A medida, se aprovada, já entraria no próximo pleito para deputados federais e também para vereadores em 2018 e 2022. A definição dos concorrentes ocorrerá pelo partido.

Ainda, conforme o parecer encaminhado, a reforma também prevê que a lista fechada deverá alternar o gênero dos candidatos entre homens e mulheres, também estabelecido pelas respectivas legendas. Também fica estabelecida a implantação do sistema distrital misto a partir da eleição de 2026. A partir daquele ano, metade dos candidatos seria definida por uma relação fechada e a outra parte pelo voto distrital.


Informações: redesustentabilidade.org.br
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