Parlamentares da REDE
pediram nesta segunda-feira, à Procuradoria Geral da República que investigue a
liberação de emendas pelo governo durante o processo de discussão da denúncia
contra o presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados. O documento foi elaborado
com base em levantamento que apontou um aumento significativo da liberação de
emendas para deputados da base governista nos dias que antecederam a votação da
denúncia contra Temer na CCJ da Câmara. A representação foi entregue à PGR pelo
senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) e pelo deputado Alessandro Molon
(REDE-RJ).
De acordo com os dados, o
empenho de emendas aumentou 1300% em maio e 1900% em junho, mês em que a
denúncia chegou à Câmara. Em julho, até o dia 13, os valores já superam os
empenhados em julho.
Para Randolfe Rodrigues,
houve aumento na liberação de emendas a partir da denúncia contra o presidente.
“O presidente da República utilizou o orçamento impositivo e utilizou
claramente as emendas parlamentares como instrumento de barganha, de leilão, de
troca de votos. Utilizou o orçamento público como instrumento de obstrução da
Justiça. É esse o objeto da nossa denúncia”, afirmou Randolfe.
Segundo Molon, é preciso
que providencias sejam tomadas para impedir que Temer se mantenha no poder
fazendo uso do dinheiro público para não responder às denúncias contra ele. “Queremos
impedir que Temer continue usando dinheiro público para obstruir a Justiça e
permanecer impune com a ajuda do Congresso. Além disso, queremos impedir que
serviços essenciais sejam prejudicados por causa dessas manobras ilegais e
irresponsáveis do governo”, disse o deputado.
Informações: https://redesustentabilidade.org.br/