Nada justifica aumentar as
horas de trabalho diário dos trabalhadores assalariados com redução do valor
dos seus salários se não a ganância de poucos que cada vez querem mais produção
acompanhada de aumento exagerado de suas rendas mesmo que para conseguir isto
tenham que impor uma condenação perpétua a bilhões de trabalhadores
assalariados no mundo a viverem condenados a suportar uma condição de viver de
migalhas em condições sub-humanas.
Os avanços científicos e
tecnológicos de hoje não poderiam está servindo como instrumentos de dominação
de poucas pessoas, uns 10% da população da terra, possuidoras de 90% das
riquezas produzidas por todos! Por isto, entendo que não é justo que nos
calemos diante de tão gravíssima situação de opulência e luxuria de poucos
contra a pobreza e miserabilidade de bilhões de seres humanos.
Estava certo o grande
geógrafo Mílton Santos quando afirmou “Nunca na história da humanidade ouve
condições técnicas e científicas tão adequadas para construção de um mundo da
dignidade humana. Apenas, estas condições foram expropriadas por um punhado de
empresas que decidiram construir um mundo perverso. Cabe a NÓS, fazer destas
condições materiais a condição material da produção de outra política”.
Assim, ao invés de
ganharmos aumento de carga/horária de trabalho com redução de salários, temos
que pensar de imediato e progressivamente reverter o processo perverso da
concentração de riquezas em mãos de poucos e passarmos a desfrutar das
possibilidades dos avanços científicos e tecnológicos conquistando mais tempo
para a vida e para o lazer com mais repartição das riquezas alcançadas pelo
conjunto do sacrifício do trabalho de Todos.
Por:
Ozéas Jordão.
Professor
do Departamento de Geografia/ CEDUC/ UEPB, Câmpus I.