Debater políticas públicas
com a sociedade para buscar soluções para a crise no país, o combate à
corrupção e trabalhar forte na organização do partido em todo o país estão
entre os principais desafios da Rede Sustentabilidade para 2017. A avaliação é
do coordenador de Organização da Executiva Nacional da REDE, Pedro Ivo Batista.
Ele destaca que o ano para a legenda já começou com as visitas aos estados para
estruturar os elos estaduais, como também ajudar na formação dos elos
municipais.
Na sua opinião, a
organização da REDE entra como um desafio no contexto interno do partido como
uma maneira de já iniciar os debates para traçar uma estratégia para as
próximas eleições de 2018. Outro aspecto que deve ser encarado como um
importante desafio da REDE é junto à população brasileira. Para esse cenário,
ressalta Pedro Ivo, existe a necessidade de buscar maneiras também para impedir
os retrocessos contra os brasileiros, iniciado no governo Dilma Rousseff e
aprofundados com o atual presidente Michel Temer.
“Precisamos debater
políticas públicas para tirar o Brasil do atoleiro junto à sociedade. No ponto
de vista interno, precisamos organizar nossas instâncias com a formação de elos
municipais e fortalecer as estaduais”, analisa o coordenador de Organização.
Em entrevista, Pedro Ivo
mostra como a REDE se prepara para os principais desafios para 2017:
Quais serão os principais
desafios da Rede Sustentabilidade neste ano que começa?
Pedro Ivo Batista: A REDE tem praticamente dois aspectos que vão nortear os principais desafios do partido neste ano. Um deles é uma linha de ação a ser traçada pela REDE em favor da sociedade brasileira. Nós precisamos debater políticas públicas junto à população para ajudar a tirar o Brasil dessa crise que afeta não só a política, como também a economia e as questões sociais. É necessário combater toda essa inércia que tem paralisado o Brasil nesses âmbitos. Aí a REDE serve de ferramenta para discutir com a sociedade formas de ajudar o país. Também será uma maneira de impedir uma tendência de retrocesso contra a sociedade já percebida durante o governo Dilma Rousseff e agora tem se aprofundado cada vez mais com o presidente Michel Temer. As reformas estruturais em debate, como a fiscal, a política, a da Previdência e Trabalhista são necessárias, desde que beneficiem os brasileiros. Caso contrário, o papel da REDE é combater retrocessos.
E como fica o combate à
corrupção nesse contexto?
Pedro Ivo: Certamente, o combate à corrupção também entra nessa linha de ação em favor da sociedade brasileira. A REDE vai continuar com todo o apoio à Operação Lava Jato, pois uma força tarefa igual a essa que desmantelou todo esse esquema precisa continuar e não pode ser barrada em hipótese alguma pelo sistema. A operação deve ser realizada doa a quem doer. Qualquer tentativa de barrar a Lava Jato será veementemente combatida pela REDE, com a mobilização da opinião pública contra qualquer esforço de causar entraves na operação. Também vamos batalhar bastante para que a política não seja tão suja como é hoje. Estaremos atentos e agiremos sempre, como fizemos com as cassações do ex-deputado Eduardo Cunha e do ex-senador Delcídio do Amaral, como também na tentativa de garantir anistia aos políticos que praticaram o caixa 2.
Qual seria o outro aspecto
que deve nortear os desafios da REDE em 2017?
Pedro Ivo: Esse outro aspecto será do ponto de vista interno da REDE. Como neste ano não haverá eleições, outro desafio nosso será o de fortalecer o partido no Brasil. Nossa meta é fazer um amplo trabalho de organização da REDE, com os elos municipais devidamente constituídos para a construção e garantia de funcionamento de todas as nossas instâncias. Nessa questão, já iniciamos esse trabalho logo em janeiro com as visitas aos estados estruturar esses núcleos nos municípios e também fortalecer os diretórios estaduais, que começaram a ser realizadas na região Nordeste com a Heloisa Helena (ex-senadora e integrante da Executiva Nacional) e com o Tácius Fernandes (coordenador de Organização junto com Pedro Ivo). Essa ação vai se estender para o restante do país com outros dirigentes nacionais do partido. Nessas viagens, a ideia é discutir táticas e estratégias para estarmos ainda mais preparados para as próximas eleições, que acontecem em 2018.
Como a REDE vai trabalhar
a partir de agora para ampliar e melhorar a organização do partido?
Pedro Ivo: A REDE vai promover uma série de plenárias com a militância ao longo do ano. Outra ideia será intensificar a realização dos cursos de formação política com os novos filiados. O objetivo será difundir ainda mais os nossos princípios e valores. Também dentro dessa linha, a REDE vai organizar o 2º Seminário de Organização, que acontecerá ainda no segundo semestre deste ano. Também estaremos presentes junto aos prefeitos e vices da REDE que se elegeram na primeira eleição do partido desde a conquista do registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Prova disso é o encontro “Jeito REDE de Governar”, programado para os dias 10, 11 e 12 de fevereiro em Brasília. Trabalharemos ainda no fortalecimento dos elos setoriais e temáticos, que serão extremamente importantes nas nossas estruturas.
De que forma a bancada da
REDE no Congresso poderá contribuir para o partido enfrentar esses desafios?
Pedro Ivo: A nossa bancada não só tem com ainda terá um papel fundamental para enfrentar esses nossos desafios, principalmente em relação à sociedade brasileira. Os parlamentares ficarão sempre atentos e combaterão qualquer tentativa de retrocesso contra a população.
Já existe uma estimativa
de quando essas plenárias e o seminário de organização serão realizadas?
Pedro Ivo: O planejamento dessas ações está em andamento e deve ser levado para aprovação da próxima reunião do Elo Nacional, prevista para o início de março.