''O bem do povo''

25 de julho de 2015

Do Direto ao Ponto



Bate papo Luciano Bezerra



Atualmente um dos 17 vereadores na Câmara de Santa Cruz do Capibaribe. Formado em Direito e Ciência Contábeis. Quando jovem professor de informática e quando criança coroinha da igreja Matriz. Traços rápidos da vida de Luciano da Silva Bezerra, participante do quadro ‘Bate-Papo’ na ultima semana.

Natural de Pesqueira viveu poucos anos em Poção até se fixar de vez na Terra Santa. Com mais três irmãos, a mãe Maria Clara Silva Bezerra e o pai José Maria Bezerra, rapidamente se identificou com a cidade e construiu sua família. Acompanhe nas próximas linhas causos e curiosidade em sua trajetória.

Infância
Enquanto crescia brincando nas ruas de Santa Cruz do Capibaribe, Luciano presenciava o pai trabalhando no Mercado Público Municipal, onde vendia cereais e a mãe ingressando na confecção. Com o olhar de uma criança imaginava que todo o mercado fosse do pai. “Eu passava em frente e dizia ‘o mercado de papai’. Bem queria”, relembra.



Moleque marrento - O garoto costumava passar as férias em Poção, onde se exibia após um período em outra cidade. Fato que desagradava outros colegas. “Certa vez cheguei num campinho todo engomadinho de branco... e comecei a falar que os meninos não sabiam jogar bola, que eu jogava melhor que todos eles juntos. E me chamaram para provar, e respondi ‘Só não vou, porque estou de branco’”. Depois disso só foi visto a carreira do pequeno Luciano pelas ruas de Poção...

Tempos de Coroinha e primeira eleição
A disputa era pela presidência do “Grupo de Teatro Evangelho em Nossa Vida”, da Igreja Matriz. O então presidente, Coroinha Luciano Bezerra, pouco se esforçou para a eleição na confiança da vitória. No entanto, o resultado positivo não veio e o choro foi inevitável.
Perdeu, mas levou – “Eu era o presidente e o Ney Lima articulou-se com o meu irmão Claudionor para me tirar do cargo. Realmente eu fiquei inconformado e chorei. Meu irmão que ganhou para presidente se comoveu com a situação e falou para todos que como presidente estava renunciando e passando o cargo para mim”, conta às gargalhadas.
Durante o período, além do hoje radialista Ney Lima, Luciano conta que professor Rimário Clismério, o conselheiro Zé Alves e Emanoel Glicério (in memória), eram seus colegas coroinhas.



Estudos
Com o ensino fundamental e médio concluído do extinto Cenescista, Luciano guarda boas recordações de uma turma que praticamente lhe seguiu desde o primeiro ano escolar.
“Desde a primeira série até o antigo segundo grau (atual ensino médio) fiz lá e fiz amizades que carrego até hoje. Por exemplo, Junior Gomes e Fábio Aragão são desde esse período. Costumo dizer que existe amigos mais chegados que irmãos e vem dessa desse Colégio. Estudei também com Magali Oliveira, Fabrícia, Francineide e muita gente boa”, diz orgulhoso.
Mestres
Ainda sobre o Colégio, Luciano não esquece as aulas de educação física do professor Zé Carlos, nem em sala de aula com José Nivaldo (In memoria) a quem faz um destaque especial.
 “Foi com ele a minha primeira oportunidade real de trabalho, numa escola de informática. Era um professor fantástico e tinha uma visão fora de série. Devo muito a ele”, diz emocionado.

Tempos de universitário
Formado em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e em Direito pela Associação Caruaruense de Ensino Superior (ASCES), guarda muitas recordações, principalmente das viagens diárias. Algumas assustadoras também.
“Quem viaja pra Campina faz dois cursos. A graduação e um curso de convivência. E acaba vivenciando tudo de uma forma muito intensa”, conta e fala de causos de terror também. “Nós tivemos dois assaltos. Em um deles confundiram com lotação de comerciantes e levaram todos para dentro do mato. O pavor foi tamanho que ficamos até às 5h da manhã dentro do carro”, relembra.
Em outra oportunidade, levaram a sua aliança de recém-noivado. “Era o que eu tinha de valor, Ainda tentei esconder, mas não deu”, diz.

Vida política – Derrota, derrota, derrota e vitória
Como é possível perceber, desde criança Luciano gostou das disputas eleitorais (liderança entre coroinha e grupos estudantis fizeram parte de sua criancice e adolescência). Na família, primos também já haviam ingressado pelo mesmo caminho, quando Luciano ainda era criança.
Durante adolescência começou na campanha de 1996. Eleição entre o Padre Bianchi e Ernando Silvestre, tendo o segundo como vencedor. “Com a habilidade que já tinha em informática, eu fazia a digitação das cartilhas dos fiscais”, conta.
No referido pleito, havia um motivo especial para o engajamento. De família tradicional na Igreja Católica, havia um desejo imenso de ver o padre administrando a cidade.

Coordenador de Campanha
No ano de 2004, a disputa foi entre José Augusto Maia que buscava a reeleição e Dr.Nanau representando a oposição. Uma nova derrota, mas que valeu de muita aprendizagem.

Na coordenação ainda contou com dois amigos dos tempos colegiais. O hoje vereador Junior Gomes e o atual Secretário Fábio Aragão.

Curiosidade – A esposa Diocleide costuma dizer que esta eleição marcou um trauma em sua vida. Recém-casados não esquece do dia em que Dr.Nanau chegou em sua residência e fez o convite para comandar a campanha. “Depois desse dia, perco meu esposo durante alguns meses, de quatro em quatro anos”, brinca.

Candidato
Em 2008 ele entendeu que era o momento de se lançar na disputa por uma das vagas na Casa José Vieira de Araújo. Aliado a isso, ainda coordenou novamente a campanha majoritária, desta vez do então candidato Edson Vieira.
Com 964 votos não obteve êxito, ficando como suplente, e ainda viu o então adversário Toinho do Pará, consagrar-se prefeito.

A redenção
2012 foi o ano da dupla vitória. Dando a volta por cima consegue ser eleito, entre os 17 vereadores, e ver Edson Vieira bater José Augusto Maia para o Palácio Brás de Lira.
O vereador se destaca por seus cálculos eleitorais. Durante a campanha afirmava sempre que o grupo conseguiria eleger 10 dos 17 parlamentares.  “As experiências anteriores fizeram com que chegássemos em 2012 preparados”, diz.

Jogo rápido
Afrânio Marques – Meu presidente
Júnior Gomes – Um amigo de infância, uma liderança e amigo para o futuro
Fábio Aragão – Um irmão
José Augusto Maia– Ultrapassado
Dimas Dantas – Uma decepção
Ernesto Maia – Anarquista
Diogo Moraes – Um deputado de futuro
Edson Vieira – Um amigo
Família - Meu tudo
Santa Cruz do Capibaribe – Minha Paixão


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