Bate papo Luciano Bezerra
Atualmente
um dos 17 vereadores na Câmara de Santa Cruz do Capibaribe. Formado em Direito
e Ciência Contábeis. Quando jovem professor de informática e quando criança
coroinha da igreja Matriz. Traços rápidos da vida de Luciano da Silva Bezerra,
participante do quadro ‘Bate-Papo’ na ultima semana.
Natural de
Pesqueira viveu poucos anos em Poção até se fixar de vez na Terra Santa. Com
mais três irmãos, a mãe Maria Clara Silva Bezerra e o pai José Maria Bezerra,
rapidamente se identificou com a cidade e construiu sua família. Acompanhe nas
próximas linhas causos e curiosidade em sua trajetória.
Infância
Enquanto
crescia brincando nas ruas de Santa Cruz do Capibaribe, Luciano presenciava o
pai trabalhando no Mercado Público Municipal, onde vendia cereais e a mãe
ingressando na confecção. Com o olhar de uma criança imaginava que todo o
mercado fosse do pai. “Eu passava em frente e dizia ‘o mercado de papai’. Bem
queria”, relembra.
Moleque
marrento - O garoto costumava passar as férias em
Poção, onde se exibia após um período em outra cidade. Fato que desagradava
outros colegas. “Certa vez cheguei num campinho todo engomadinho de branco... e
comecei a falar que os meninos não sabiam jogar bola, que eu jogava melhor que
todos eles juntos. E me chamaram para provar, e respondi ‘Só não vou, porque
estou de branco’”. Depois disso só foi visto a carreira do pequeno Luciano
pelas ruas de Poção...
Tempos de
Coroinha e primeira eleição
A disputa
era pela presidência do “Grupo de Teatro Evangelho em Nossa Vida”, da Igreja
Matriz. O então presidente, Coroinha Luciano Bezerra, pouco se esforçou para a
eleição na confiança da vitória. No entanto, o resultado positivo não veio e o
choro foi inevitável.
Perdeu, mas levou – “Eu era o
presidente e o Ney Lima articulou-se com o meu irmão Claudionor para me tirar
do cargo. Realmente eu fiquei inconformado e chorei. Meu irmão que ganhou para
presidente se comoveu com a situação e falou para todos que como presidente estava
renunciando e passando o cargo para mim”, conta às gargalhadas.
Durante o
período, além do hoje radialista Ney Lima, Luciano conta que professor Rimário
Clismério, o conselheiro Zé Alves e Emanoel Glicério (in memória), eram seus
colegas coroinhas.
Estudos
Com o ensino
fundamental e médio concluído do extinto Cenescista, Luciano guarda boas
recordações de uma turma que praticamente lhe seguiu desde o primeiro ano
escolar.
“Desde a primeira série até o antigo
segundo grau (atual ensino médio) fiz lá e fiz amizades que carrego até hoje.
Por exemplo, Junior Gomes e Fábio Aragão são desde esse período. Costumo dizer
que existe amigos mais chegados que irmãos e vem dessa desse Colégio. Estudei
também com Magali Oliveira, Fabrícia, Francineide e muita gente boa”, diz
orgulhoso.
Mestres
Ainda sobre o Colégio, Luciano não
esquece as aulas de educação física do professor Zé Carlos, nem em sala de aula
com José Nivaldo (In memoria) a quem faz um destaque especial.
“Foi
com ele a minha primeira oportunidade real de trabalho, numa escola de
informática. Era um professor fantástico e tinha uma visão fora de série. Devo
muito a ele”, diz emocionado.
Tempos de
universitário
Formado em Ciências Contábeis pela
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e em Direito pela Associação
Caruaruense de Ensino Superior (ASCES), guarda muitas recordações,
principalmente das viagens diárias. Algumas assustadoras também.
“Quem viaja pra Campina faz dois
cursos. A graduação e um curso de convivência. E acaba vivenciando tudo de uma
forma muito intensa”, conta e fala de causos de terror também. “Nós tivemos
dois assaltos. Em um deles confundiram com lotação de comerciantes e levaram
todos para dentro do mato. O pavor foi tamanho que ficamos até às 5h da manhã
dentro do carro”, relembra.
Em outra oportunidade, levaram a sua
aliança de recém-noivado. “Era o que eu tinha de valor, Ainda tentei esconder,
mas não deu”, diz.
Vida
política – Derrota, derrota, derrota e vitória
Como é
possível perceber, desde criança Luciano gostou das disputas eleitorais
(liderança entre coroinha e grupos estudantis fizeram parte de sua criancice e
adolescência). Na família, primos também já haviam ingressado pelo mesmo
caminho, quando Luciano ainda era criança.
Durante adolescência começou na
campanha de 1996. Eleição entre o Padre Bianchi e Ernando Silvestre, tendo o
segundo como vencedor. “Com a habilidade que já tinha em informática, eu fazia
a digitação das cartilhas dos fiscais”, conta.
No referido
pleito, havia um motivo especial para o engajamento. De família tradicional na
Igreja Católica, havia um desejo imenso de ver o padre administrando a cidade.
Coordenador
de Campanha
No ano de
2004, a disputa foi entre José Augusto Maia que buscava a reeleição e Dr.Nanau
representando a oposição. Uma nova derrota, mas que valeu de muita
aprendizagem.
Na coordenação ainda contou com dois amigos dos tempos colegiais. O hoje vereador Junior Gomes e o atual Secretário Fábio Aragão.
Na coordenação ainda contou com dois amigos dos tempos colegiais. O hoje vereador Junior Gomes e o atual Secretário Fábio Aragão.
Curiosidade
– A esposa Diocleide costuma dizer
que esta eleição marcou um trauma em sua vida. Recém-casados não esquece do dia
em que Dr.Nanau chegou em sua residência e fez o convite para comandar a
campanha. “Depois desse dia, perco meu esposo durante alguns meses, de quatro
em quatro anos”, brinca.
Candidato
Em 2008 ele
entendeu que era o momento de se lançar na disputa por uma das vagas na Casa
José Vieira de Araújo. Aliado a isso, ainda coordenou novamente a campanha
majoritária, desta vez do então candidato Edson Vieira.
Com 964
votos não obteve êxito, ficando como suplente, e ainda viu o então adversário
Toinho do Pará, consagrar-se prefeito.
A redenção
2012 foi o
ano da dupla vitória. Dando a volta por cima consegue ser eleito, entre os 17
vereadores, e ver Edson Vieira bater José Augusto Maia para o Palácio Brás de
Lira.
O vereador
se destaca por seus cálculos eleitorais. Durante a campanha afirmava sempre que
o grupo conseguiria eleger 10 dos 17 parlamentares. “As experiências
anteriores fizeram com que chegássemos em 2012 preparados”, diz.
Jogo rápido
Afrânio
Marques – Meu presidente
Júnior Gomes
– Um amigo de infância, uma liderança e amigo para o futuro
Fábio Aragão
– Um irmão
José Augusto
Maia– Ultrapassado
Dimas Dantas
– Uma decepção
Ernesto Maia
– Anarquista
Diogo Moraes
– Um deputado de futuro
Edson Vieira
– Um amigo
Família -
Meu tudo
Santa Cruz
do Capibaribe – Minha Paixão