Na noite da última quarta-feira (28), a cidade de Santa
Cruz do Capibaribe, Agreste de Pernambuco, foi palco de discussões e debates da
II Semana Nordestina de Visibilidade Trans – Homens e Mulheres Transexuais.
Através de uma articulação da Prefeitura Municipal por
meio da Coordenadoria da Mulher, a Casa das Juventudes recebeu representantes
da ANTRA (Articulação Nacional de Transgêneros), como a secretária do Centro
LGBT da Bahia, Marina Garlem, AMOTRANS-PE (Associação Pernambucana de Travestis
e Homossexuais) como a coordenadora Chopelly Santos, Movimento Cores do
Capibaribe de Santa Cruz do Capibaribe, secretários e gestores municipais e
sociedade civil que puderam compartilhar experiências, discutir a realidade
dessa classe na sociedade e buscar meios de reivindicar seus direitos e
cidadania perante o Poder Público.
Para a coordenadora da Mulher, Clarissa Carvalho, o
encontro realizado em Santa Cruz do Capibaribe representou um marco histórico
para cidade que recebeu um grupo de transexuais, além do público hetero e LGBT,
de todas as idades para debater o direito de uma população que geralmente é tão
excluída, esquecida e alvo de muito preconceito na sociedade.
“Poder trazer a discussão a partir da gestão pública
mostra o comprometimento em garantir os direitos e dar respeito a todos os
setores da população”, frisou Clarissa Carvalho.
Chopelly Santos, coordenadora do AMOTRANS-PE, falou sobre
a importância da realização da atividade da Semana Nordestina de Visibilidade
Trans em uma cidade do interior do estado. “Trouxemos a sementinha para Santa
Cruz e esperamos que o município cresça nesse aspecto, parabenizo o prefeito
por conceder esse espaço, a coordenadora da Mulher Clarissa e os secretários
municipais que participaram do evento mostrando interesse em trazer os avanços
da política de transexuais para o município”, ressaltou Chopelly.
O membro do Cores do Capibaribe, Alex Cazuza relatou que
atuará como um multiplicador de direitos da classe LGBT. “Hoje ficamos mais
ponderados sobre assuntos da população LGBT como o direito ao nome social e a
serviços do SUS como a mudança de sexo, informações que repassaremos por todo o
município como forma de fortalecer a classe que agora terá mais respaldo para
reivindicar seus direitos junto ao Poder Público”, enfatizou.
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