O
Brasil ainda destina grande parte do lixo de forma incorreta. Dados da Abrelpe
(Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais)
mostram que cerca de 1.600 municípios brasileiros destinam seus resíduos em
lixões. A maior parte deles, 855, está localizada no Nordeste. O IBGE afirma
que a região, junto com o Norte do país, leva mais de 80% dos seus resíduos
para lixões. Todas as regiões, no entanto, vivem o problema. A Política
Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), instituída em 2010, prevê a extinção dos
lixões no Brasil até 2014.
Os
dados Abrelpe também mostram que estamos produzindo mais lixo. Em 2010, a
geração de resíduos sólidos urbanos cresceu 6,8% em relação a 2009. Junto a
isso, os números do IBGE não são tão animadores: apenas 27,7% dos resíduos no Brasil
vão, de fato, para aterros sanitários. Mas qual é a diferença entre lixão e
aterro sanitário?
O
lixão é um grande espaço destinado apenas a receber lixo. Isso significa que
nada é planejado para “abrigar” os resíduos de forma menos agressiva ao meio
ambiente. Não há tratamento para o chorume, líquido liberado pelo lixo, que
contamina o solo e a água. Por lá, não é difícil encontrar ratos e insetos
circulando livremente. Os resíduos ficam, literalmente, a céu aberto.
Já no
aterro sanitário, o lixo é depositado em local impermeabilizado por uma base de
argila e lona plástica, o que impede o vazamento de chorume para o subsolo.
Diariamente, o material é aterrado com equipamentos específicos para este fim.
Existem, também, tubulações que captam o metano, gás liberado pela decomposição
de matéria orgânica e que pode ser usado para gerar energia.
Os
aterros controlados são intermediários entre lixão e aterro sanitário. Neles,
há cobertura diária do lixo com terra, importante para evitar mal cheiro e
proliferação de insetos e animais, mas a capacidade de impedir a contaminação
do solo e águas subterrâneas não é completa.
Publicado no blog da Revista Super Interessante: http://super.abril.com.br/blogs/ideias-
Fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura.