Da redação do jornalextra.com.br
Com informações da Agência Brasil e Reuters,
A presidenta Dilma Rousseff inaugura hoje (25), junto com o
governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), a primeira etapa do Sistema
Adutor Pajeú, no município de Serra Talhada. O trecho que será entregue tem 118
quilômetros (km) de extensão e custou R$ 198 milhões. O projeto prevê, ao todo,
598 km, com investimentos de R$ 547 milhões, captando água do rio São Francisco
para atender cerca de 400 mil pessoas de 21 municípios de Pernambuco e oito da
Paraíba.
A cerimônia de entrega do
trecho que vai de Floresta a Serra Talhada está marcada para as 10h45. Segundo
a Presidência da República, durante o evento será assinada ordem de serviço da
Barragem Ingazeira e anunciada a obra do Ramal Eletromontes. Também serão
entregues 22 máquinas retroescavadeiras, ao custo de R$ 3,3 milhões, para a
reestruturação de estradas vicinais, além de ônibus escolares para municípios
do sertão pernambucano.
De acordo com o Ministério da
Integração Nacional, a Barragem Ingazeira vai levar água para consumo,
irrigação, turismo e piscicultura para as famílias dos municípios de Ingazeira,
São José do Egito, Tabira e Tuparetama, beneficiando mais de 36 mil moradores
da região. As obras têm investimento previsto de R$ 42 milhões e se iniciarão a
partir da assinatura da ordem de serviço. O ministério acredita que o
empreendimento ampliará em mais de 500 hectares o potencial de irrigação
daquela área, o que poderia levar à geração de aproximadamente 1 mil empregos
diretos e 3 mil indiretos.
Dilma alterou o roteiro da
viagem a Pernambuco para participar de missa, em Petrópolis, em homenagem
às vítimas das chuvas que atingiram a região serrana do Rio de Janeiro nos
últimos dias. Ela iria ao Recife, mas, com a mudança de planos, participará
apenas da cerimônia de inauguração de trecho do Sistema Adutor Pajeú.
Amanhã, a presidenta seguirá para a África do Sul, onde participará da
Cúpula dos Brics (grupo de reúne Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul)
até quarta-feira (27).
Meio
aliado –
Enquanto cresce no governo a preocupação com a frequência das críticas públicas
de Campos à política econômica ou iniciativas do Planalto que tramitam no
Congresso, o governo tenta aplacar os ataques dentro do PT contra Campos, para
não desfazer as chances de ainda ter o PSB como aliado em 2014.
O governador vem dando
declarações de que não quer antecipar a disputa eleitoral, e chegou a
responsabilizar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva –um de seus maiores
aliados nos últimos anos– pela antecipação da campanha, ao lançar Dilma à
reeleição em encontro do PT em fevereiro.
“2014 a gente discute em 2014″,
tem repetido o governador a jornalistas cada vez que é perguntado se é
candidato ou se apoiará Dilma.
Nas últimas semanas, Campos fez
críticas à política econômica, defendeu a renovação da política nacional a
empresários e atacou a forma como o governo organizou a Medida Provisória que
trata das novas regras de concessão de portos e a negociação sobre os royalties
do petróleo.
Dilma havia planejado ir a
Pernambuco antes do Carnaval, mas acabou por cancelar a visita porque machucou
o pé.
Nesta semana, ela cancelou as viagens ao Ceará
e à Bahia por causa da ida a Roma, onde participou da missa inaugural do papado
de Francisco.
Fonte: jornalextra.com.br