A Rede Sustentabilidade
transmitiu nesta terça-feira, 28 de março, o seu novo programa de TV em rede
nacional. Com duração de dez minutos, a mensagem contou sobre o a importante
atuação política da REDE e alertou a população sobre os principais temas da atual
crise política do país. Entre esses tópicos, estavam a tentativa de barrar a
Operação Lava Jato e a nova articulação para aprovar a anistia ao caixa 2
praticado no passado.
Parte do programa fez um
balanço das contribuições da Rede Sustentabilidade desde a aprovação do seu
registro pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em setembro de 2015. Entre os
destaques, estavam o papel fundamental do partido em alguns dos recentes fatos
políticos recentes, como o voto a favor das dez medidas contra a corrupção, o
pedido na justiça do afastamento de Eduardo Cunha e a exigência do afastamento
de Renan Calheiros da linha de sucessão da presidência.
Outros temas importantes
abordados no programa estavam o apoio ao fim do foro privilegiado aos
políticos, a visão do partido acerca da reforma da Previdência proposta pelo
atual governo e a participação da mulher na política, além de iniciativas que
garantam uma economia sustentável para o país.
Durante o programa, a
porta-voz nacional da REDE, Marina Silva, fez um importante alerta aos
brasileiros. Ela ressaltou que os principais partidos responsáveis pela
polarização da política no país começam a articular um grande acordo para
tentar barrar os trabalhos da Operação Lava Jato. “O PT, o PSDB e o PMDB são
grandes partidos políticos que nunca se uniram em nome da nação e agora estão
convergentes nessa jogada de barrar a Lava Jato. E uma dessas formas de impedir
essa apuração é aprovando a anistia ao caixa 2”.
Marina também salientou
que a Operação Lava Jato tem realizado uma reforma política na prática. “A
política está ficando algo não mais interessante para quem apostava na
impunidade para fazer corrupção. Vai ficar na política só quem de fato quer
prestar um serviço (à sociedade)”, diz.
Decano da Câmara, o
deputado da REDE Miro Teixeira (RJ) relembrou no programa do partido na TV que
contribuiu na elaboração do primeiro projeto de Lei de Colaboração Premiada, em
1989, na Câmara, que hoje é a delação premiada, um dos mecanismos que mais têm
permitido à Operação Lava Jato avançar tanto nas investigações sobre corrupção.
“Graças a isso, conseguimos vitórias consistentes que vão permitir que o Brasil
tenha no próximo ano a eleição da Lava Jato, a eleição limpa, a eleição em que
o povo saberá verdadeiramente quem são os candidatos”, afirma.
Luta pela democracia
O trabalho da REDE de lutar pela democracia brasileira e em defesa dos interesses da sociedade também foi abordado no seu programa de TV. O posicionamento da legenda em favor da opinião pública nos mais diversos temas em discussão no Congresso foi mostrado pelo líder da bancada na Câmara, deputado João Derly (RS). “A REDE votou a favor das 10 Medidas contra a Corrupção. A REDE, junto com o PSOL, pediu a saída de Eduardo Cunha (ex-deputado cassado após representação do partido na CCJ) e o afastamento de Renan Calheiros (senador e ex-presidente do Senado)”, relembrou.
Já o líder da REDE no
Senado, senador Randolfe Rodrigues (AP) ressaltou que o partido apoia a PEC
(Proposta de Emenda à Constituição) que prevê o fim do foro privilegiado às
autoridades públicas. O parlamentar foi o relator da proposta na CCJ (Comissão
de Constituição e Justiça) de Senado que garantiu o parecer favorável e,
posteriormente, a sua aprovação no colegiado. O projeto está na ordem do dia da
Casa.
“Com a aprovação da PEC,
qualquer político vai ser julgado como cidadão comum. Mas é claro, eles não
querem que isso aconteça”, protesta Randolfe no programa da REDE.
Reforma da Previdência
A reforma da Previdência também foi outro assunto apresentado no programa da REDE. A proposta do governo está em tramitação na comissão especial criada na Câmara dos Deputados para debater o tema na Casa. Deputado da REDE pelo Rio de Janeiro, Alessandro Molon falou que o projeto do presidente Michel Temer quer fazer a população trabalhar até morrer para conseguir a aposentadoria.
“É um pacote de maldades
contra a população e atinge principalmente os mais pobres. Estamos na comissão
da reforma da Previdência lutando por uma solução que seja justa para você e
responsável para o país”, explicou Molon. A proposta do governo quer
estabelecer idade mínima de 65 anos para se aposentar, aumento do tempo mínimo
de contribuição de 15 para 25 anos e contribuição por 49 anos para o
trabalhador que quiser receber o valor integral do benefício.
Propostas para o país
Ainda no programa, a Rede Sustentabilidade apresentou suas principais propostas para o desenvolvimento do país. O porta-voz nacional do partido, Zé Gustavo, ressaltou que a REDE precisa influenciar o país a investir em novos tipos de indústrias dentro do conceito de economia sustentável. “Precisamos estimular as fábricas de carros elétricos, de energia solar e eólica para assim ampliar os nossos horizontes e se conectar com a economia do século 21. O futuro é apenas uma desculpa para a gente fazer o que precisa ser feito agora.”
O deputado da REDE Aliel
Machado (PR) salientou ainda no programa que a educação é a maior riqueza do
país. O parlamentar lamentou, porém, a inversão de valores em relação às
prioridades para esse setor. “Precisamos revolucionar a educação para combater
as desigualdades. A nossa juventude tem os maiores índices de desemprego do
mundo e somente a educação é capaz de combater essas desigualdades”, diz.
Mulheres na política
O programa da REDE também destinou um grande espaço para mostrar o seu trabalho de criar espaços para a participação da mulher na política e em todas as instâncias do partido. A ideia com essa iniciativa vai muito além de apenas cumprir a legislação eleitoral, que garante o mínimo de 30% das vagas para candidatos destinadas ao público feminino. O objetivo da REDE é alcançar a igualdade de atuação, com 50% homens e 50% mulheres.
Dentro desses princípios e
valores, a REDE mostrou no seu horário na TV que em todas as instâncias as
figuras de dois porta-vozes substituem a do presidente na legenda. E, dentro
desse esforço de estimular a presença feminina, uma dessas vagas sempre é
exercida por uma mulher.
“Nós mulheres podemos e
queremos resgatar os valores da política. As mulheres fazem muita falta nesse
ambiente político e pensamos em política com inclusão e gostamos de
compartilhar ensinamentos”, pondera Ursula Vidal, porta-voz estadual da
REDE-PA.
De acordo com a
coordenadora de Organização da Executiva Nacional da REDE, Heloisa Helena, são
muitas mulheres que trabalham em casa, no campo e nas cidades. No entanto,
ainda existem poucas delas nas instâncias de decisão na política. “Mas junto
com os homens, construiremos uma pátria com ética, sustentabilidade e justiça
social”, completa.
Confira
a íntegra do programa exibido: