Um levantamento final
elaborado pela Coordenação de Organização da Executiva Nacional da Rede
Sustentabilidade mostra que o partido conseguiu eleger um total de 206
candidatos nos dois turnos das eleições municipais de 2016, realizadas nos dias
2 e 30 de outubro. Deste total, sete são prefeitos, 18 vices e 181 vereadores.
Os escolhidos participaram do pleito em 820 cidades do país onde a REDE teve
representatividade em sua primeira participação eleitoral desde a aprovação do
registro pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Os dados foram
apresentados neste sábado, 19 de novembro, durante a reunião do Elo Nacional
realizado no Manhattan Plaza, em Brasília (DF). Os coordenadores de Organização
da Nacional, Pedro Ivo Batista e Tácius Fernandes – apresentaram os dados
durante os debates sobre a avaliação das eleições e seus resultados. Nessa
discussão, os integrantes do diretório também analisaram o desempenho do
partido em suas respectivas regiões e também nas capitais brasileiras.
Em meio a essa
apresentação, Pedro Ivo ressaltou algo que ele considerou bastante
interessante, registrado nos resultados das eleições. Para ele, o bom
desempenho da REDE ocorreu, sobretudo, no interior dos estados. Na sua
avaliação, os votos obtidos por meio de cunho ideológico, como é o caso da REDE,
ocorrem de forma mais maciça nas capitais brasileiras.
“Isso é algo bastante
interessante porque mostra que quebramos paradigmas com o desempenho da REDE no
interior dos estados. Esse tipo de movimentação costuma acontecer mais nas
capitais”, explicou Pedro Ivo em sua explanação aos membros do Elo Nacional.
O levantamento mostra
ainda que a REDE contou com 3891 candidatos em todo o país nas eleições
municipais. Entre os 154 concorrentes à prefeito, os membros apontaram ainda o
desempenho de algumas candidaturas durante a campanha. Nessa lista, destacam-se
o crescimento de Kayo Amado em São Vicente (SP), de Ursula Vidal em Belém (PA)
e do vice-prefeito eleito de Guarulhos, Alexandre Zeitune, na disputa em seus
respectivos municípios.
Crescimento das
candidaturas
Os integrantes ressaltaram o crescimento dessas candidaturas. Em uma campanha limpa, sem distribuição de santinhos e focada totalmente nas mídias sociais, Kayo Amado conquistou os eleitores de São Vicente e chegou na reta final com grandes chances de vitória. Ele ficou em segundo lugar, com 28,10% das intenções de votos na cidade.
Já no caso de Ursula
Vidal, os membros do Elo Nacional ressaltaram que ela conseguiu apresentar os
princípios e valores da REDE de forma clara aos eleitores da capital do Pará.
Ela começou a campanha com apenas 1% das intenções de voto, de acordo com as
pesquisas realizadas na cidade. Ursula terminou na quarta colocação, com
10,29%.
Alexandre Zeitune contou
com o apoio da população de Guarulhos, onde diversos jovens efetuaram um
ativismo autoral em favor de sua chapa, também composta pelo prefeito eleito
Gustavo Henric Costa (PSB), o Guti. Devido a essa iniciativa, a candidatura
cresceu e chegou no primeiro turno em primeiro lugar. No segundo, a dupla venceu
o pleito com uma larga margem de 83,50%.
Ainda durante a reunião do
Elo Nacional, os integrantes também relembraram que a REDE optou por fechar
coligações com outros partidos, por meio de alianças programáticas e
comprometidas com um programa de governo. Outro critério adotado foi o apoio a
outras candidaturas conforme o retrospecto e o testemunho de vida dos
concorrentes.
Dados importantes do
levantamento
O levantamento feito pela Coordenação de Organização da REDE salienta ainda alguns outros dados relacionados aos candidatos. Na questão de etnias, os brancos representam 52,24% do total de concorrentes que disputaram as eleições. Já os pardos ficaram com 36%. Depois aparecem os negros (11%), indígenas (0,43%) e amarelos (0,33%).
Quanto à escolaridade,
34,18% dos candidatos têm ensino superior completo. Depois, aparecem os que
contam com o ensino médio incompleto. Em seguida, estão os concorrentes com
superior incompleto (9,45%), ensino fundamental incompleto (8,81%), ensino
fundamental completo (8,40%), ensino médio completo (4,42%) e as pessoas que
apenas sabem ler e escrever (1%).
Levantamento do Elo
Mulheres
Além dos dados mostrados pela Coordenação de Organização, o Elo Mulheres apresentou um outro levantamento, desta vez relacionado ao desempenho das candidaturas femininas no pleito. Nos dois turnos, a REDE elegeu um total de 28 concorrentes mulheres. O partido contou com três vices escolhidas e outras 25 que vão assumir a uma vaga de vereadora a partir do próximo ano.
Essas vencedoras da REDE
estarão presentes em 27 municípios brasileiros, aponta o levantamento “Mulheres
em REDE”, elaborado pelo Elo Mulheres. As futuras vice-prefeitas estão dentro
de um grupo de 14 candidatos da legenda que se elegeram para o cargo em todo o
país.
Responsável pelo levantamento,
a integrante do Elo Mulheres Bruna Paola explicou que esse trabalho foi
elaborado durante a campanha e também após o primeiro turno das eleições como
forma de fazer um mapeamento das candidaturas femininas da REDE pelo país.
Já as 25 vereadoras
eleitas nas eleições deste ano também vão representar municípios situados em
todas as cinco regiões do país. O Nordeste terá o maior número de parlamentares
mulheres nas câmaras municipais, com 10 no total. Depois, aparecem o Sudeste
(oito), o Sul (quatro) e o Norte do Brasil (duas). O Centro-Oeste contará com
uma vereadora.
Em sua primeira eleição, a
REDE participou com 1119 candidatas femininas em todo o país. Deste total, 1052
disputaram a uma cadeira nas câmaras municipais, 20 concorreram ao cargo de prefeita
e 47 para vice.
Outros pontos debatidos
Ainda no debate sobre a avaliação do desempenho da REDE nas eleições, outros pontos importantes foram debatidos na reunião do Elo Nacional. A cláusula de barreira em tramitação no Senado entrou na discussão dos integrantes. Dentro dessas conversações, os membros destacam a necessidade de o partido fazer um amplo trabalho de organização, expansão e consolidação do partido nos municípios em 2017.
Um dos objetivos é atender
justamente os parâmetros da cláusula de barreira, caso seja aprovada e entre em
vigor. Outra finalidade é também preparar a REDE para as eleições de 2018, por
meio dos erros e acertos cometidos no pleito deste ano. Daqui a dois anos,
serão escolhidos o novo presidente, os governadores, deputados federais e
estaduais e senadores nos estados.