''O bem do povo''

4 de agosto de 2016

Helry Gonçalo quebra o silêncio e fala sobre a desistência do Ypiranga da Série A2

Em entrevista concedida na manhã desta quarta-feira (03) na Rádio Comunidade FM de Santa Cruz do Capibaribe, o presidente do Ypiranga, Helry Gonçalo falou sobre a desistência da equipe na disputa do Campeonato Pernambucano de Futebol da Série A2 deste ano.
O mandatário foi questionado sobre as dificuldades, que acabaram ocasionando em relação a não participação da equipe no torneio.
“Procuramos de todas as formas nos adequar, mas por causa de uma Lei Federal, que é o Profut, ela faz com que todos os clubes de futebol estejam em dias com suas contas e infelizmente o Ypiranga não se encontrava em dia” – relatou.
Helry Gonçalo detalhou e comentou sobre as questões burocráticas que impediram a participação. 
“A documentação não é tão simples de tirar assim, que são as certidões negativas. Quando assumimos o clube, fizemos um levantamento dessas dividas, só que existiram alguns impasses burocráticos e até mesmo para poder tirá-las (as certidões negativas). Foram quatro certidões negativas que foram exigidas pela Federação que é a do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PE), Receita Federa, INSS e FGTS. Em relação a do TJD-PE, existia uma multa grande e conseguimos pagá-la a tempo, porém a do FGTS, INSS e Receita Federal não pudemos resolver, pois eram dívidas altas, algumas podendo ser parceladas e outras não. As dívidas do FGTS e INSS poderiam ser parceladas, mesmo com a burocracia poderíamos conseguir, mas sendo em 60 meses com valores entre R$ 900 e R$ 1 mil, já na questão da Receita seria complicada, pois, ela não recebe mais em boleto, ela faz um resgate em conta própria do clube e atualmente temos questões trabalhistas e que seria o nosso entrave em qualquer dinheiro que entrasse no clube” – detalhou.
O presidente foi interrogado sobre o prazo para que tudo pudesse estar em ordem e apto para a disputa do torneio.
“Teve pessoas que disseram que dava tempo, mas não dava, pois iriam acontecer as questões trabalhistas, as negociatas, teríamos que ter uma receita para jogar a proposta para daí então negociar e liberar a nossa conta, e com isso pudéssemos novamente fazer a negociata com a Receita Federal” – relatou.
Helry Gonçalo falou sobre o planejamento para os próximos anos.
“Tivemos já reuniões com Conselho Fiscal, para que possamos nos juntar e estejamos fortes para entrar no campeonato sem nenhum receio, com toda a documentação em dia e que não possamos deixar nada para o ano que vem” – pontuou.
Em relação a formação da base de uma equipe e a situação do Estádio Otávio Limeira Alves, o presidente do Ypiranga informou que um planejamento para escolinhas do clube em Santa Cruz do Capibaribe já se encontra em discussão com o departamento de futebol e que o Limeirão poderá passar por algumas mudanças.
“Já estamos pensando no projeto das escolinhas, que será um trabalho de base, um investimento a longo prazo e também que possamos ter uma boa base para o ano que vem e termos jogadores aptos para a disputa da Segunda Divisão, e apenas ir buscar algumas peças que possam se encaixar no time. Em relação ao campo, vamos cuidar da nossa grama diariamente, melhorias em alguns pontos, já que tivemos acesso a todos os laudos que mudaram neste ano, tem muitas restrições com alambrados, acesso ao estádio, alojamento, entre outras questões” – finalizou.

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