PANORAMA
POLÍTICO
Um
domingo histórico

Não tenho dúvidas que o
dia 17 de abril ficará marcado na história política brasileira, pois como já
era esperado foi aceito a admissibilidade do processo de impeachment da Presidente
Dilma Rousseff. Além de toda simbologia da votação eu destacaria três pontos,
que também contribuiu pra tornar o dia histórico. Primeiro o resultado desastroso
para o governo Dilma, segundo o comportamento de maioria dos parlamentares e
terceiro os deputados trabalhando em pleno domingo.
Vergonhoso
e lamentável

Apesar de histórico, o
domingo também foi vergonhoso e lamentável, digo isso considerando as
bizarrices promovidas por grande parte dos deputados federais. Tivemos voto em
nome da família, pelo fim da corrupção, pela democracia, pelos moradores de
rua. Houve até estouro de confetes pra comemorar voto. Sinceramente o que
assistimos foi muita hipocrisia dos dois lados, diga-se da passagem, e para não
me alongar muito, quero deixar um questionamento aos amigos leitores. Se todos
aqueles que votaram em nome da família, realmente defendesse a família brasileira,
não estaríamos atravessando esta crise de valores morais que esta arraigada no
seio da nossa sociedade? Não precisa me responder, porém reflitam, pois
querendo ou não, ali esta o reflexo da nossa sociedade, o nosso espelho, e os
espelhos não mentem, eles revelam.
Nivelaram
por baixo
Outra coisa chamou a
atenção de quem assistiu à sessão domingo, foi a quantidade de acusações e
ofensas deferidas ao presidente da Câmara o deputado Eduardo da Cunha
(PMDB-RJ), foi de impressionar, a forma com que alguns deputados se dirigiram a
palavra ao presidente, verdadeiras agressões verbais, que a meu ver
ultrapassaram o limite do aceitável, pois ao tentar desmoralizar o Eduardo
Cunha eles também atingiram a imagem instituição. Sobrou emoção e faltou classe
na hora de atacar.
Mostrou
como se faz
Quem mostrou como se deve
fazer uma critica, foi o deputado Pernambucano Jarbas Vasconcelos (PMDB), que
ao votar deixou claro sua insatisfação com o presidente da Câmara, “Voto ‘sim’ pelo impeachment, mas quero dizer aqui do meu
desconforto em ter vossa excelência presidindo esta Casa. Vossa excelência
agrava cada vez mais com sua presença aqui e macula cada vez mais os
brasileiros”. Como diz um
amigo meu, é outro nível.
Foi
interessante

As comissões de Legislação
e Justiça, Finanças e Orçamento e da Câmara de Vereadores de Santa Cruz do
Capibaribe, estiveram reunidas na última terça-feira (19) para analisar e dar
pareceres ao projeto de lei do executivo que trata do parcelamento do débito da
Previdência própria. A reunião foi interessante e contou com representantes de
alguns sindicatos do município, os quais puderam se pronunciar sobre o projeto.
Essa já não é a primeira vez que a comissão de Legislação e Justiça se reúne em
conjunto com outras comissões para debater projetos com as entidades, isso nos
prova que na Câmara de Santa Cruz do Capibaribe tem amadurecido, tem produzido
e sobre tudo respeitado as entidades municipais ao convida-las para o debate.
Um
pequeno deslize
No decorrer da reunião o
vereador oposicionista Ernesto Maia (PT) cometeu um pequeno deslize durante sua
fala, ao solicitar informações do Santa Cruz Prev, através de um Requerimento
Verbal. Ernesto teve seu pedido indeferido tendo em vista, que as comissões não
tem a prerrogativa de atender pedido de requerimento verbal, pois a competência
para tal pedido é de alçada do presidente da mesa como diz o regimente interno
da Câmara no seu artigo 188, e não aos presidentes de comissões.
Quem
será?
A Comissão de Ética e
Decoro Parlamentar da Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Capibaribe, terá
que passar por mudança, pois o vereador Ronaldo Paca (PR), não poderá fazer
parte da comissão, pois ao ocupar a mesa diretora na qualidade de primeiro
secretário, Ronaldo fica impedido pelas normas regimentais da Câmara, de compor
a referida comissão. Diante do exposto nos resta aguardar para saber quem terá
a responsabilidade de presidir uma comissão tão importante para o bom
funcionamento da casa.
Por:
Nilson Pereira