O
Brasil vem passando por uma grave crise econômica, o governo gastando bem mais
do que arrecada, e sem sombra de dúvidas as medidas de ajuste fiscal adotadas
para conter a crise penalizam a indústria brasileira.
Especificamente
as indústrias de confecções vem sentindo isso na “pele”. Segundo a ABIT -
Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, de janeiro até
setembro desse ano o setor de confecções registrou uma queda de 10,3 por cento.
Como se não bastasse, as
indústrias de confecções e neste contexto o Polo de Confecções de Pernambuco
sofreram um duro golpe iniciado pela Presidente Dilma no início de setembro e
ratificado hoje (18/11) por 204 deputados em sessão conjunta do Congresso Nacional.
Só
pra lembrar, em julho desse ano eu alertei a todos em minha página de Facebook,
que tramitava no Congresso o PL nº 863/15, esse projeto alterava a alíquota de
contribuição sobre o faturamento das indústrias de confecções de 1% (um por
cento) para 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento), ou seja, um aumento
de 250% (duzentos e cinquenta por cento). A proposta inicial foi alterada por
meio de emenda, e aprovada uma alíquota de 1,5% (um inteiro e cinquenta décimos
por cento).
Ocorre
que no início de setembro, a Presidente Dilma Rouseff vetou o item que
beneficiava o setor de confecções e manteve a proposta original.
Hoje
em sessão conjunta no Congresso, o veto da Presidente foi apreciado, e mantido
pelos deputados por um placar de 202 votos a 184, esse placar dispensou
inclusive a apreciação pelos senadores, pois, para que o veto fosse derrubado,
ele precisaria ser aprovado pelas duas casas.
Infelizmente,
com a manutenção do veto, as indústrias de confecções sofreram uma derrota que
certamente provocará impactos negativos e aumento da carga tributária.
Sem
sobra de dúvidas haverá aumento nos custos de produção, e esse aumento ou será
repassado para o consumidor, ou será absorvido pelos confeccionista que
diminuirão sua margem de lucro.
Outro
ponto negativo, é que esse aumento enfraquece a competitividade das confecções
brasileira frente as confecções chinesas que tem invadido nosso país.
Essa
batalha foi perdida, mas é preciso ficarmos atentos a outras medidas que tiram
a competitividade dos nossos produtos, do contrário, valerá aquela máxima: “em
cima de queda, coice!”
Por
Luciano Bezerra