''O bem do povo''

19 de novembro de 2015

UMA DERROTA PARA AS INDÚSTRIAS DE CONFECÇÕES




O Brasil vem passando por uma grave crise econômica, o governo gastando bem mais do que arrecada, e sem sombra de dúvidas as medidas de ajuste fiscal adotadas para conter a crise penalizam a indústria brasileira.

Especificamente as indústrias de confecções vem sentindo isso na “pele”. Segundo a ABIT - Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, de janeiro até setembro desse ano o setor de confecções registrou uma queda de 10,3 por cento.

Como se não bastasse, as indústrias de confecções e neste contexto o Polo de Confecções de Pernambuco sofreram um duro golpe iniciado pela Presidente Dilma no início de setembro e ratificado hoje (18/11) por 204 deputados em sessão conjunta do Congresso Nacional.

Só pra lembrar, em julho desse ano eu alertei a todos em minha página de Facebook, que tramitava no Congresso o PL nº 863/15, esse projeto alterava a alíquota de contribuição sobre o faturamento das indústrias de confecções de 1% (um por cento) para 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento), ou seja, um aumento de 250% (duzentos e cinquenta por cento). A proposta inicial foi alterada por meio de emenda, e aprovada uma alíquota de 1,5% (um inteiro e cinquenta décimos por cento).

Ocorre que no início de setembro, a Presidente Dilma Rouseff vetou o item que beneficiava o setor de confecções e manteve a proposta original.

Hoje em sessão conjunta no Congresso, o veto da Presidente foi apreciado, e mantido pelos deputados por um placar de 202 votos a 184, esse placar dispensou inclusive a apreciação pelos senadores, pois, para que o veto fosse derrubado, ele precisaria ser aprovado pelas duas casas.

Infelizmente, com a manutenção do veto, as indústrias de confecções sofreram uma derrota que certamente provocará impactos negativos e aumento da carga tributária.

Sem sobra de dúvidas haverá aumento nos custos de produção, e esse aumento ou será repassado para o consumidor, ou será absorvido pelos confeccionista que diminuirão sua margem de lucro.

Outro ponto negativo, é que esse aumento enfraquece a competitividade das confecções brasileira frente as confecções chinesas que tem invadido nosso país.

Essa batalha foi perdida, mas é preciso ficarmos atentos a outras medidas que tiram a competitividade dos nossos produtos, do contrário, valerá aquela máxima: “em cima de queda, coice!”

Por Luciano Bezerra

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