''O bem do povo''

21 de maio de 2015

Infecção urinária não tratada gera complicações graves




A urina é formada nos rins onde ocorre a filtração do sangue. A partir dali, ela é conduzida por pequenos canais que a transportam até a bexiga, onde é armazenada. A urina é estéril, ou seja, não há bactérias, fungos ou qualquer outro micro-organismo.


A  infecção urinária ocorre quando alguma bactéria entra em contato com a urina e começa a crescer lá. Isso não é muito simples, pois o sistema urinário tem vários mecanismos de defesa, e a infecção somente ocorre quando a bactéria supera estas defesas. As bactérias que causam infecção com maior frequência são as que vivem no intestino e acabam entrando na bexiga através da uretra.
Algumas condições podem predispor a infecção, como pedra nos rins, pouca ingesta de água, períodos longos sem ir ao banheiro. Além disso, mulheres e idosos também apresentam maior índice de infecção.



Resultado de imagem para infecção urináriaA infecção na maioria das vezes causa sintomas como dor ao urinar, aumento da frequência de idas ao banheiro e dor abdominal. Menos frequentemente pode causar febre. E algumas pessoas ela pode não causar nenhum tipo de sintoma ou então causar sintomas inespecíficos como diminuição do apetite, cansaço ou mal estar.

Na suspeita de infecção urinária, deve-se procurar atendimento médico. Para confirmar o quadro de infecção, a equipe médico pode pedir exames como sedimento urinário e urocultura com antibiograma, sendo este último o exame que vai identificar qual bactéria causa a infecção e qual o melhor antibiótico para combatê-la. Apesar deste exame demorar de três a cinco dias para ficar pronto, ele é essencial principalmente para infecções de repetição ou resistentes ao tratamento inicial.

Como o agente que causa infecções urinárias é uma bactéria, o tratamento é sempre feito com uso de antibióticos por via oral, por períodos que podem variar de três a sete dias nos casos menos graves, podendo muitas vezes necessitar de  antibióticos endovenosos por períodos que se estendem até 21 dias. A ingesta de bastante líquido ajuda no tratamento, agilizando o efeito dos antibióticos. Os sintomas da infecção começam a melhorar em 12 a 24h após o início do tratamento e geralmente após 48h não há mais sintomas. Atualmente algumas bactérias podem ser resistentes aos antibióticos mais comuns, e os sintomas podem persistir após o tratamento, nestes casos o paciente deve retornar ao médico para troca de antibiótico.

Nas pessoas que tem poucos ou nenhum sintoma, ou então nos casos em que não procuram atendimento médico e usam medicamentos que mascaram os sintomas, a infecção pode progredir e sair da bexiga, subindo pelos canais que levam a urina do rim até a bexiga, no caminho inverso, fazendo com que as bactérias cheguem até os rins.

Quando a infecção atinge os rins, chamado de pielonefrite, o quadro é mais grave e os sintomas mudam, podendo aparecer febre alta, dor na região lombar, vômitos e mal estar. Como o rim recebe um fluxo de sangue, é muito grande a possibilidade das bactérias entrarem na corrente sanguínea e causarem uma infecção generalizada, ainda mais grave, chamada de sepse.

Além de poder se espalhar pelo organismo, a infecção quando atinge o rim pode também causar abcessos (bolhas de pus) nos rins e também diminuir a sua função. O tratamento da pielonefrite necessita do uso de antibióticos endovenosos, e muitas vezes internação. Quando há abcessos nos rins pode haver necessidade de punções ou mesmo cirurgias para remover esse pus. Se o rim for acometido por abcessos muito grandes ou numerosos há necessidade de retirar todo o rim para o controle da infecção.

Desta maneira, qualquer sintoma de infecção deve levar o paciente a procurar um médico para o correto diagnóstico e tratamento com medicamentos adequados. O tratamento da infecção é simples e rápido, porém se não tratada pode evoluir para infecção nos rins (pielonefrite) que é muito mais grave, podendo levar a infecção generalizada, abcessos renais, perda da função dos rins e quando causadas por bactérias mais resistentes e em pacientes com imunidade reduzida (diabéticos, idosos, etc.) pode até mesmo levar a morte.
Minha Vida


Por: Joyce Xavier.
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